Não foi difícil sentir o doce
aroma de um tomate recém cortado e temperado apenas com azeite ao ler “Sob o
sol da Toscana”.
O livro conseguiu me transportar
para o verão italiano de uma forma que muitas vezes esquecia que estava deitada
em minha cama saboreando as palavras e não deitada em uma sombra de uma árvore ouvindo
os sons dos pássaros cantando e do vento.
Para quem acha que o livro se
parece com o filme de mesmo nome já aviso que as semelhanças são poucas, dentre
elas a Toscana, uma velha casa a ser reformada, os trabalhadores poloneses e as
paisagens inigualáveis. Admito que estranhei a enorme diferença da historia já
que o livro deu origem ao filme, mas ele foi me conquistando de tal forma que
se tornou um dos meus livros favoritos.
A historia como todos sabemos se
passa na Itália, e a narrativa tem seu começo quando a autora Frances Mayes e
seu marido Ed compram uma casa em Cortona na Toscana e com a casa vem dores de
cabeça intermináveis e muitas alegrias. Ela nos descreve todo o seu processo dês
da aquisição de Bramasole até a ultima grande reforma da casa, todo esse
processo no livro durou 3 anos, e ao terminarmos ainda sabemos que ela vai
fazer algumas outras modificações na casa em seu próximo verão.
Sua descrição dos sabores e
cheiros da Itália dão água na boca e me fazia sentir o gosto da uva ou do pêssego
branco que era comum após as refeições no verão. E admito me deu uma vontade de
comprar uma casa na Itália e passar o verão cozinhando como Frances, principalmente
nos dois capítulos onde ela coloca algumas receitas citadas na história.
Posso dizer que amei a narrativa
e a escrita da autora, mas para quem não gosta de reformas acredito que o livro
possa se tornar um pouco enfadonho já que boa parte dele Frances descreve com
certa minucia seu desespero com o dolce
far niente que teve que enfrentar de empreiteiros e trabalhadores.
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